24 de out. de 2007

“Eu te fiz uma última canção. Uma última ligação. Uma conexão de pensamentos longes. De saudades puras. De amores, eu juro. Eu te dei uma última tarde. Dos meus pensamentos. Das minhas angústias. E te dou só uma noite. Uma noite pra me fazer acreditar. Acreditar em nós. Nas nossas promessas. E remorsos. De acreditar nas nossas abdicações. E orações. E te dou só uma vida. Uma única vida de amor. De carinhos e atenções sinceras. Uma vida de felicidades sem meias verdades. Vida que de minha, será sua. Mas isso é só até nosso presente, é só pra sempre.”

Renata Osti

Manja saco cheio de tudo ? Então, to bem assim :(

5 de out. de 2007

Eu e o resto do mundo

É preocupante. Definitivamente preocupante ver a realidade do país. Saber que somos o 2º pais com a pior distribuição de renda do mundo não nos faz pensar e perceber o que acontece dentro da nossa casa Brasil.

Uma visão totalmente distinta sobre uma favela. Sobre a maior e talvez a menor de São Paulo. Moradia de tijolos, barracos de madeira. Luz e encanamento, em outra, esgoto ao céu aberto. Porém, nenhuma das duas deixa de viver “desumanamente”. A realidade estampada nos jornais é outra, a vida é outra, o sofrimento é outro. Tudo é diferente quando se mora numa favela. A felicidade daquelas pessoas também é outra e não depende de muito, talvez dependa apenas da sua, pouca, preocupação com eles.

Uma experiência incrível que passei em duas das mais de duas mil favelas de São Paulo. Uma experiência única. Que me fez enxergar as coisas de uma outra maneira. Pode ser que não tenha tido uma mudança considerável, aparente, mas a visita a Favela do Heliópolis e ao Núcleo habitacional Beira rio me fizeram enxergar a verdadeira desigualdade que paira sobre nosso país.

Uma realidade dura e cruel, que dói e deprime. Uma realidade não muito distante, mas que o mundo parece não querer enxergar. Uma “gente” sem direito humano algum. Sem esperança, tratados muitas vezes como “a parte ruim” do planeta, o “resto do mundo”. O que na verdade deveria ser uma idéia terminantemente contrária. A maior parte da população de uma favela é digna, com seus valores, seu caráter e o principal que é a vontade de ajudar, de fazer o bem.

Ir até as duas favelas não foi uma tarefa fácil tampouco uma proposta aceita de “primeira”, fui com medo não minto, mas hoje posso afirmar que fiz e faria tudo de novo sem problema algum. Recomendo pra quem quiser. É realmente uma experiência fascinante. Um outro mundo. Uma outra visão do mundo. E eu, no fundo queria ser como aquelas pessoas, que apesar de toda “desumanidade”, de todos os problemas enfrentados e de todos os preconceitos encontrados, não deixam em nenhum momento de viverem e, principalmente, de serem felizes.




texto escrito meio com pressa.
só pra da uma atualizada :)