Por: Natalia Belucci
Após absorver de Wagner o anti-semitismo, o culto ao legado nórdico, o mito do sangue puro e algumas noções de arte para uma nova civilização, Adolf Hitler iniciou seu longo trajeto de estrago, caos e dor. Um caminho longo de torturas, extermínio e principalmente de destruição em massa.
No filme “Arquitetura da destruição” Peter Cohen coloca de maneira clara o verdadeiro ideal de Hitler. Não havia qualquer ideal político, tudo era baseado na estética, no “embelezamento” do mundo e a criação de um novo homem: um homem perfeito.
Para ele, essa perfeição viria do individuo de sangue puro e que não tivesse qualquer tipo de deficiência ou anomalia. O ditador acreditava que a miscigenação causava certas falhas genéticas e que isso posteriormente poderia afetar – digo melhor, estragar a beleza alemã. O resultado disso seria um povo fraco, sem saúde e no conceito hitlerista: feio.
Além do mais, Adolf Hitler possuía uma estratégia de comunicação fabulosa. Através de comícios, exposições de artes, notícias e principalmente de filmes conseguia persuadir milhares de pessoas e atingir seus objetivos. E foi através desses filmes transmitidos em todos os cinemas da Alemanha, que ele convenceu uma nação de que anomalias, deficientes físicos e judeus eram pragas e que deveriam ser exterminados como pragas.
Da morte de doentes mentais ao extermínio dos judeus. Hitler conseguiu o que ninguém jamais conseguirá. Planejou, persuadiu e matou milhares e milhares de pessoas. Tudo em busca do seu ideal. Ideal da perfeição e embelezamento do mundo. No fim das contas, muitos morreram por seu objetivo e nada mudou. A Alemanha transformou-se em um inferno, judeus inocentes morreram por uma causa injusta e até hoje não se sabe a fórmula para a perfeição humana. Será isto possível?