28 de set. de 2008

Arquitetura da Destruição - Peter Cohen

Por: Natalia Belucci

Após absorver de Wagner o anti-semitismo, o culto ao legado nórdico, o mito do sangue puro e algumas noções de arte para uma nova civilização, Adolf Hitler iniciou seu longo trajeto de estrago, caos e dor. Um caminho longo de torturas, extermínio e principalmente de destruição em massa.

No filme “Arquitetura da destruição” Peter Cohen coloca de maneira clara o verdadeiro ideal de Hitler. Não havia qualquer ideal político, tudo era baseado na estética, no “embelezamento” do mundo e a criação de um novo homem: um homem perfeito.

Para ele, essa perfeição viria do individuo de sangue puro e que não tivesse qualquer tipo de deficiência ou anomalia. O ditador acreditava que a miscigenação causava certas falhas genéticas e que isso posteriormente poderia afetar – digo melhor, estragar a beleza alemã. O resultado disso seria um povo fraco, sem saúde e no conceito hitlerista: feio.

Além do mais, Adolf Hitler possuía uma estratégia de comunicação fabulosa. Através de comícios, exposições de artes, notícias e principalmente de filmes conseguia persuadir milhares de pessoas e atingir seus objetivos. E foi através desses filmes transmitidos em todos os cinemas da Alemanha, que ele convenceu uma nação de que anomalias, deficientes físicos e judeus eram pragas e que deveriam ser exterminados como pragas.

Da morte de doentes mentais ao extermínio dos judeus. Hitler conseguiu o que ninguém jamais conseguirá. Planejou, persuadiu e matou milhares e milhares de pessoas. Tudo em busca do seu ideal. Ideal da perfeição e embelezamento do mundo. No fim das contas, muitos morreram por seu objetivo e nada mudou. A Alemanha transformou-se em um inferno, judeus inocentes morreram por uma causa injusta e até hoje não se sabe a fórmula para a perfeição humana. Será isto possível?

trecho do filme "Arquitetura da Destruição"

“Dentro do Partido vemos peritos em genocídios, médicos e arquitetos. É árdua a tarefa de definir o nazismo em termos políticos, pois sua dinâmica esta repleta de um conteúdo diverso daquele que comumente chamamos de política. Em grande parte o motivo era estético. Sua maior ambição era o embelezamento do mundo. Da morte de doentes mentais ao extermínio dos judeus, não houve um verdadeiro motivo político. Não eliminaram inimigos ou oponentes do Regime, mas sim pessoas inocentes, que não estavam de acordo com os ideais nazistas. A bagagem mental obscura, a estranha noção de política que são tão características da cultura Européia, encontraram vazão sobre o domínio de Hitler. Hitler passou das palavras à ação. Sem restrições ele transformou uma ideologia absurda em uma realidade infernal.”

(Peter Cohen)

23 de set. de 2008

*(raiva raiva raiva raiva raiva raiva raiva)*

14 de set. de 2008

Hoje eu encontrei a lua
Antes dela me encontrar
Me lancei pelas estrelas
E brilhei no seu lugar
Derramei minha saudade
E a cidade se acendeu
Por descuido ou por maldade
Você não apareceu
Hoje eu acordei o dia
Antes dele te acordar
Fui a luz da estrela guia
Pra poder te iluminar
Derramei minha saudade
E a cidade escureceu
Desabei na tempestade
Por um beijo seu
Nem a lua, nem o sol, nem eu
Quem podia imaginar
Que o amor fosse um delírio seu
E o meu fosse acreditar
Hoje o sol não quis o dia
Nem a noite o luar

Lenine - Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu

Natália

Noite.
Cigarro. Festa. Frio. Cigarro. Chuva. Amigos.
Cigarro. Pizza. Cigarro. Preguiça.
Saudade. Amigos. Cigarro.
Cansaço. Dor. Cigarro. Nervoso. Risada. Fossa. Musica.
Cigarro. Cigarros. Trabalho. Carro. Cigarro.
Pressão. Amor. Cigarros. Madrugada. Livros.
Musicas. Textos. Cigarro. Fossa.
Saudade. Cigarro. Preguiça.
Noite.