16 de mar. de 2009

2:10 da manhã. Estava na janela, o céu está lindo. Confesso que é uma noite fria, mas com uma imensidão de estrelas bem acessas, piscando em tons de prata e vinho. Em alguns momentos até me ardiam os olhos. Parei e fumei o inseparável cúmplice cigarro, que queimou minha garganta, mas ao mesmo tempo me encheu de prazer.

Consegui ler umas quarenta páginas daquele livro chato que estou pra terminar há meses e já escutei a discografia Los Hermanos repetidamente umas três vezes. Saudades de você.

Ando com a cabeça a mil. Sentimentos, desejos, fascínios, medo. Tudo misturado. Embaralhado. Sinto-me uma mulher linda, forte, sozinha e feliz, que quer a todo custo agarrar e engolir o mundo, tudo com as próprias mãos. Mas passa alguns segundinhos e eu já me sinto frágil, fraca, desprotegida, querendo colo de mãe, de amigo, colo de namorado. E são nesses momentos que o mundo parece me engolir.

É tão estranho, e você parece cada vez mais distante. Mais longe. Queria poder definir com palavras a falta que sua companhia me faz. A falta que sinto do teu riso, sua risada. Queria poder compartilhar tanta coisa com você.

Tento cuspir sentimentos nas cartas que te escrevo, tirar tudo tudo tudo que tenho dentro de mim. Cartas. Parece que as ultimas que mandei foram extraviadas, ou você se mudou? Você as recebeu? Não. Não diga que não teve vontade de respondê-las...

Enfim, sinto sua falta. Volta?

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